Mutações gênicas
Conhecer o mecanismo de síntese proteica pode nos ajudar a
compreender a manifestação de vários caracteres genéticos normais e
patológicos. Afinal, os genes manifestam-se por meio da síntese proteica.
Várias doenças humanas são causadas por alterações em genes, que deixam
de executar suas funções normais.
Durante a duplicação de uma molécula de DNA, pode ocorrer a substituição
incorreta de uma base nitrogenada. Nesse caso, o códon produzido será outro, o
que pode causar alteração na proteína em virtude da substituição do aminoácido.
No entanto, a alteração de uma base nem sempre provoca a substituição do
aminoácido, pois um aminoácido pode ser codificado por um mais códons.
Essas modificações acidentais do material genético são chamadas mutações
gênicas e podem provocar alterações nas características do organismo. Essas
alterações podem ser prejudiciais ou não.
Vamos comentar aqui as três doenças decorrentes de mutações gênicas: a
progeria, a doença de Alzheimer e a adrenoleucodistrofia.
A progeria manifesta-se em crianças com idade ao redor de 5 ou 6 anos,
fazendo com que aos 8 ou 9 anos elas já tenham a aparência de uma pessoa idosa.
É uma doença letal. As causas exatas da progeria não são bem conhecidas, mas
envolvem mutações gênicas.
A doença de Alzheimer parece ter várias causas. Uma delas está
relacionada à mutação em certo gene do cromossomo 21, o que leva à
degeneração progressiva de memória. Termina com uma profunda devastação do
cérebro, levando o indivíduo à morte. A manifestação da doença de Alzheimer
ocorre em adultos, provocando senilidade precoce, isto é, antes dos 60 anos de
idade.
A adrenoleucodistrofia é uma doença causada por uma mutação em um gene
do cromossomo X. Essa mutação incapacita o organismo de metabolizar certos
tipos de lipídios (óleos), determinando uma doença neurológica degenerativa que
pode levar o indivíduo à morte. As características dessa doença e a história da
descoberta de seu tratamento são contadas no filme Óleo de Lorenzo, que merece ser assistido.
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