Drogas: você sabe como entra, nunca como sai

O aumento do uso de drogas tem se tornado um fato preocupante. A imensa maioria das pessoas entra nesse perigoso caminho sem nenhum conhecimento dos graves problemas que estão por trás de alguns momentos de aparente bem-estar e euforia. Torna-se imperioso abrir essa discussão em sala de aula, buscando esclarecer as pessoas de maneira que elas possam dizer NÃO ÀS DROGAS de modo consciente e para sempre:
- "DROGAS: TÔ FORA, GOSTO MAIS DE MIM."

ecstasy
Uma das drogas ilegais que tem sido muito utilizada é o ecstasy, ou simplesmente E, também conhecido como "pílula do amor".
Os riscos para a saúde de quem utiliza o ecstasy não são poucos. A substância que define o ecstasy é o MDMA, sigla de metilenodioximetanfetamina. Com esse nome, a droga é confundida com as anfetaminas ou metanfetaminas, outros estimulantes sintéticos ilegais que deixam as pessoas "ligadas". Apesar de ser derivado da anfetamina, o composto MDMA tem uma parte da sua molécula semelhante à de um alucinógeno. Essa substância atua sobre três neurotransmissores: a serotonina, que controla as emoções e também regula o domínio sensorial, o domínio motor e a capacidade associativa do cérebro. O MDMA provoca uma descarga de serotonina nas células nervosas do cérebro para produzir os efeitos de bem-estar e leveza.
Como a serotonina também é reguladora da temperatura do corpo, outro risco imediato de quem ingere ecstasy é o da hipertermia, ou superaquecimento do organismo. As mortes associadas a essa droga são decorrentes quase sempre da elevação da temperatura do corpo acima dos 41ºC. A partir dessa temperatura, os riscos são iminentes. O sangue pode coagular, produzindo convulsões e parada cardíaca.

Outras drogas
Detivemo-nos um pouco mais na análise do ecstasy por se tratar de uma droga ilegal muito disseminada neste momento. Porém, vamos agora analisar resumidamente outras drogas que atuam sobre os neurônios imitando os neurotransmissores:
·         Cigarro: a nicotina encaixa-se nos receptores destinados à acetilcolina, atenuando a fome e a fadiga e gerando uma leve sensação de euforia. Ela desempenha também o papel da dopamina, neurotransmissor associado à satisfação, e tem efeito inibidor sobre o apetite. Fumar aumenta a chance de desenvolvimento de câncer de boca, de faringe, de pulmão, além de muitos outros problemas de saúde, como enfarto do miocárdio e enfisema pulmonar.
·         Álcool: age de modo destrutivo, atacando diretamente o glutamato, um neurotransmissor envolvido em diversas funções, como o raciocínio e o movimento. Quando não destrói as moléculas de glutamato, o álcool provoca danos que dificultam o seu encaixe nos receptores. O álcool pode causar diversos tipos de doenças, como é o caso da cirrose hepática, em que o fígado fica seriamente prejudicado.
·         Maconha (droga ilegal): a substância ativa da maconha (o tetra-hidrocanabinol ou THC) encaixa-se nos receptores destinados à anandamida, um neurotransmissor que provoca euforia, alteração da memória e hipersensibilidade. Causa dependência e pode levar à impotência sexual masculina.
·         Cocaína (droga ilegal): provoca o aumento da produção de dopamina e de noradrenalina, substâncias químicas estimulantes. A dopamina cria uma sensação de satisfação e, em doses mais altas, de euforia. Os efeitos da cocaína são muito rápidos e intensos. Causa dependência e pode levar à morte.

Adaptado de: Superinteressante, set. 2000 e Superinteressante Coleção, vol. 2, 1988; Veja, set. 2000.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Materiais e técnicas construtivas medievais

MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS MEDIEVAIS

Fungos - heróis e vilões da biosfera