Formação das Nascentes

Nas regiões montanhosas, encontram-se as bacias de cabeceiras, onde estão localizadas as nascentes de água que dão origem aos cursos d'água existentes na superfície da terra. Portanto, as nascentes são fontes de água que surgem em determinados locais da superfície do solo e são facilmente encontradas no meio rural. Elas correspondem ao local onde se inicia um curso de água (rio, ribeirão, córrego), seja grande ou pequeno.
As nascentes (ou mananciais) se formam quando o aquífero atinge a superfície e, consequentemente, a água armazenada no subsolo jorra (mina) na superfície do solo.
Também são conhecidas como olho d'água, mina d'água, fio d'água, cabeceira e fonte. Portanto, sempre que o fluxo de água subterrânea intercepta a superfície do terreno, forma-se uma nascente.
A princípio, pode até ser difícil aceitar que tão grande volume de água, presente na superfície terrestre (parte continental), seja originado de pequenas fontes de água que jorram do solo, ou seja, das nascentes. Mas, é isso mesmo que acontece.
O desaparecimento de uma nascente resultará na redução do número de cursos d'água, significando a diminuição do volume de água na região. Portanto, as nascentes têm um valor inestimável dentro de uma propriedade agrícola e, por isso, deve ser tratada com cuidada todo especial, sempre buscando a sua manutenção.
Uma nascente é considerada ideal quando fornece água de boa qualidade, vazão abundante e contínua, localizada próxima do local de uso e de cota topográfica elevada, possibilitando sua distribuição por gravidade, sem gasto de energia. Além disso, é importante que a quantidade de água produzida pela nascente mantenha uma boa distribuição ao longo do tempo, isto é, ofereça uma vazão mínima adequada ao longo do ano. Para isso, é necessário que, após uma chuva, a bacia tenha condições de garantir que boa parte da água precipitada sobre sua superfície seja infiltrada em curto período de tempo.
Portanto, o solo da bacia deverá ter boa permeabilidade, de tal forma a permitir que boa parte dessa água seja absorvida e, em seguida, seja armazenada no lençol subterrâneo para, finalmente, ser, aos poucos, cedida aos cursos d'água através das nascentes.
O abastecimento das nascentes pelo lençol subterrâneo de água deverá ser suficiente para manter a vazão ao longo do ano, sobretudo durante os períodos de estiagem. A normalidade do regime de vazão de uma nascente é importante do ponto de vista econômico e social de uso da água, tais como: bebedouros, irrigação e abastecimento público. Isso também é importante para garantir a manutenção do regime hídrico do corpo d'água principal, assegurando a disponibilidade de água no período do ano em que mais se faz uso da água.
Portanto, é importante, para que isso se torne possível, o uso das bacias hidrográficas contemplarem a sua reservação e, também, a melhoria da água quanto à quantidade e qualidade.
As estratégias de preservação das nascentes devem englobar pontos básicos como: controle da erosão do solo por meio de estruturas físicas e barreiras vegetais de contenção, minimização de contaminação química e biológica, e evitar, ao máximo, as perdas de água através da transpiração das plantas.
No que se refere à preservação da qualidade da água das nascentes, em qualquer atividade deve-se evitar causar poluição que venha comprometer a saúde do homem ou animais, como:
·         A poluição por produtos químicos;
·         Aumento de partículas minerais no solo;
·         Adição de matéria orgânica;
·         Contato com coliformes.
Finalmente, deve-se estar ciente de que a adequada conservação de uma nascente exige um manejo sistemático e integrado da bacia hidrográfica a qual ela está associada.
Se nos limitarmos exclusivamente à definição de nascentes, ou seja, "pontos onde jorra água através da superfície do solo", podemos concluir, claramente, que essa água, que jorra do solo, tem sua origem em um grande reservatório de água subterrânea.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Materiais e técnicas construtivas medievais

MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS MEDIEVAIS

Fungos - heróis e vilões da biosfera